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Discurso do Presidente da República de Angola, Sua Excelência, João Manuel Gonçalves Lourenço, na 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU

Governo 05-12-2025
ACORDO DE PAZ RDC-RUANDA

O ECOAR DAS PALAVRAS DO PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO

”ESTE CONFLITO NÃO TEM SENTIDO. (…) FELIZMENTE PARECE QUE TERÁ O SEU FIM HOJE, AQUI EM WASHINGTON DC”;

”NÓS PROCURÁMOS FAZER A NOSSA PARTE; O MELHOR POSSÍVEL PARA CHEGARMOS A ESTE MOMENTO”;

”ESPERAMOS E ACREDITAMOS QUE [OS DOIS SIGNATÁRIOS] TAMBÉM FARÃO A SUA PARTE PARA A IMPLEMENTAÇÃO COM ÊXITO DESTE ACORDO”;

”UMA COISA É ASSINAR O ACORDO. (…) OUTRA COISA É IMPLEMENTAR EM TEMPO ÚTIL TUDO AQUILO QUE NÓS ACORDAMOS E ASSINAMOS”.

O Presidente da República de Angola e Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, testemunha em Washington DC da assinatura, esta quinta-feira, do Acordo de Paz entre a República Democrática do Congo e a República do Ruanda, dirigiu-se aos participantes no acto, de entre eles Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América; Paul Kagame, Presidente do Ruanda, e Félix Antoine Tshisekedi Tshilombo, Presidente da República Democrática do Congo.

“ Senhor Presidente Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América;
Caros convidados;

Altas entidades aqui presentes;

Senhores jornalistas;

Eu gostaria de realçar a importância desta cerimónia aqui, em Washington D.C., que vai finalmente pôr fim a um conflito que, como já foi dito, dura há mais de três décadas.
Não são exactamente trinta anos, mas mais do que três décadas. Um conflito entre irmãos, países vizinhos e irmãos, que se deviam dar bem, mas que, por razões de diversa ordem, têm vindo a se digladiar ao longo dos anos, com pesadas consequências, quer para as populações de ambos os países, quer também para as respectivas economias.

A Região dos Grandes Lagos é uma região das mais ricas do mundo, não apenas de África. É enormemente rica em recursos hídricos, terras aráveis, florestas, recursos minerais que estão no subsolo, mas sobretudo rica nas suas pessoas, com um potencial muito grande para desenvolver aquela região de África que pode catapultar o desenvolvimento de outras regiões, igualmente, do nosso continente.

O mundo atravessa hoje uma crise energética e alimentar. Nós estamos a dizer que África, e em particular essa Região dos Grandes Lagos, tem o potencial, não digo de resolver, mas de contribuir consideravelmente para a resolução destas duas grandes crises, quer alimentar quer energética, não apenas para o nosso continente, mas para o mundo.

A grande Barragem do Inga, adormecida há bastantes anos, pode contribuir enormemente para a electrificação do continente e, consequentemente, para a sua industrialização.

Em termos de agricultura, o facto de ter terras aráveis, com um índice de chuvas bastante regular e abundante, pode desenvolver-se a agricultura naquelas regiões para alimentar o continente.

E nada disso tem sido possível fazer-se, ao longo de décadas, devido a este conflito que não tem sentido e que, final e felizmente, parece que terá o seu fim hoje, aqui em Washington D.C.

Nós procurámos fazer a nossa parte. E quando digo nós, estou a referir-me a Angola, ao Quénia, e a outros países também africanos. Procurámos fazer o melhor para chegarmos a este momento.

Infelizmente não foi possível, mas nós só temos de agradecer ao Presidente Trump por ter dado continuidade ao trabalho que nós realizámos e ter conseguido alcançar esse desfecho do qual todos nós sairemos a ganhar.

Portanto, mais uma vez, o Presidente Trump fez a parte que lhe compete, e nós esperamos - e acreditamos que é o que vai acontecer -, que as duas partes, ou seja, as Autoridades da República Democrática do Congo e da República do Ruanda também farão a sua parte para a implementação com êxito deste acordo.

Uma coisa é assinar o acordo, outra coisa - que é mais difícil, mas é possível, desde que haja vontade política -, é implementar em tempo útil tudo aquilo que nós acordamos e assinamos.

Parabéns a todos, muito obrigado!”

Fonte: CIPRA
Governo 04-12-2025
Angola na Reunião de Alto Nível sobre os Países Menos Avançados

Angola participou de 2 a 4 de Dezembro na Reunião de Alto Nível sobre os Países Menos Avançados que decorreu em Doha, Qatar, sob o lema: “Parcerias Globais Ambiciosas para uma Graduação Sustentável e Resiliente dos Países Menos Desenvolvidos”.

O evento visou reforçar as parcerias globais e promover instrumentos inovadores que assegurem uma graduação sustentável, resiliente e irreversível dos Países Menos Desenvolvidos, em alinhamento com os objectivos do Programa de Acção de Doha e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Participaram no evento o Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas, Embaixador Francisco Jose da Cruz e o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Angola no Qatar, António Ramos da Cruz.

Ao intervir no Diálogo Ministerial de Alto Nível, sobre Caminhos Estratégicos em Meio a um Cenário de Desenvolvimento Global Desafiador e Desbloquear Novas Oportunidades, o Embaixador Francisco José da Cruz defendeu que a trajectória de Angola rumo à saída da lista de Países Menos Desenvolvidos demonstra a importância de adoptar caminhos estratégicos e resilientes face à cenário de desenvolvimento global extremamente desafiador para alcançar uma graduação sustentável e irreversível.

Esclareceu que a graduação de Angola e a sua saída da lista dos Países Menos Desenvolvidos foi adiada duas vezes, em grande parte devido a choques externos — incluindo a volatilidade do preço do petróleo e os impactos socioeconômicos da COVID-19. Tal facto reduziu a sua Renda Nacional Bruta per capita abaixo do limite exigido para uma excepção baseada apenas na renda.

Segundo o diplomata, Angola activou o Mecanismo de Monitoramento Reforçado, tal como previsto no Programa de Acção de Doha e desde então tem trabalhado em estreita colaboração com o Comité de Políticas de Desenvolvimento, para definir uma nova estratégia e cronograma para a referida graduação.

O Embaixador Francisco José da Cruz defendeu que esse processo reforçou a necessidade do país fortalecer o capital humano, acelerar a diversificação económica e reduzir as vulnerabilidades estruturais.

Por outro lado, reconheceu que a saída de Angola da lista dos países menos desenvolvidos representará novas oportunidades, nomeadamente o acesso a instrumentos de financiamento mais diversificados e o reforço da integração nas cadeias de valor globais.

Reiterou que o país está empenhado em garantir que a sua futura graduação não seja apenas oportuna, mas também sustentável, inclusiva e susceptível de promover ganhos de desenvolvimento a longo prazo.

A Reunião de Alto Nível sobre os Países Menos Desenvolvidos congregou ministros, altos responsáveis governamentais, parceiros de desenvolvimento, instituições financeiras internacionais, bancos regionais de desenvolvimento e entidades do sistema das Nações Unidas, bem como representantes da sociedade civil, do sector privado e do meio académico.

Fonte: MPAONU
Governo 18-11-2025
Sétima Cimeira União Africana - União Europeia reforça parceria estratégica e mecanismos de cooperação

A Sétima Cimeira União Africana - União Europeia, que se realiza em Luanda nos dias 24 e 25 de Novembro, sob o lema "Promovendo a paz e prosperidade por meio do multilateralismo eficaz", marca um novo capítulo na relação entre as duas organizações, que procuram fortalecer a parceria assente no desenvolvimento sustentável, segurança regional e modernização económica.

Após mais de duas décadas de diálogo multilateral, iniciadas na Primeira Cimeira de 2000, a Cimeira reafirma os compromissos políticos e económicos que têm guiado as cimeiras anteriores, incluindo investimentos, mobilidade e cooperação em paz e segurança.

Nesta edição, os líderes, investidores, empresários, académicos, profissionais de media e não só, essencialmente europeus e africanos definiram como prioridades o apoio à industrialização do continente africano, a expansão das energias renováveis, o reforço das capacidades de defesa e a promoção de oportunidades para a juventude.

A UE anunciou a intenção de ampliar iniciativas do programa Global Gateway, destinadas a financiar infraestruturas estratégicas em África, da digitalização ao transporte e energia.

Para as duas organizações, os benefícios são claros: África ganha maior acesso a financiamento, tecnologia e mercados internacionais, enquanto a Europa reforça a cooperação em matérias-primas críticas, migração legal e estabilidade geopolítica. A cimeira sublinha também a necessidade de desenvolver mecanismos conjuntos de combate ao terrorismo, mudanças climáticas e crises de saúde pública.

Com uma agenda renovada e objectivos ambiciosos, a Sétima Cimeira União Africana e União Europeia, busca reafirmar a visão de uma parceria mais equilibrada e orientada para resultados concretos, consolidando os laços históricos e projectando um futuro de crescimento partilhado e de melhoria das condiçõesde vida das populações dos dois continentes.

Fonte: UA

novaiorqueonu.mirex.gov.ao Embaixador(a)

Francisco José da Cruz



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